Há alguns anos, minha amiga Carol e eu estávamos tomando café da manhã em uma padaria perto da casa dela e contando sobre as novidades das nossas vidas. De repente, ela me falou:
— Amiga, eu constelei!
Naquele momento, eu pensei nas estrelas, no Universo, mas, na verdade, não havia entendido a mensagem. Então, perguntei:
— O que é isso?
Foi assim que tomei conhecimento sobre a Constelação Familiar.
Achei fantásticas a experiência que ela havia tido e a reverberação que tinha gerado em toda a família após ela ter constelado o pai. Fiquei emocionada, embora isso não aconteça comigo facilmente. Confesso que não sou tão emotiva a ponto de chorar ou se emocionar por qualquer coisa.
Conversamos a manhã inteira sobre esse assunto e, quando vi a hora, já era quase uma hora da tarde e eu estava atrasada para a aula do mestrado. Almocei e fui embora. Contudo, eu estava mais curiosa do que nunca.
Minha amiga indicou a consteladora dela, que também é psicóloga, com quem agendei um horário e acabei fazendo umas sessões de terapia, mas não tive a minha constelação – embora eu quisera muito!
Após um tempo, em um curso de Programação Neurolinguística, no módulo de Coaching, a professora, que também era consteladora, me chamou para fazer a minha constelação, após eu ter servido de exemplo para a turma em um exercício de coaching.
Lembro-me como se fosse hoje quando ela me disse:
— Vamos constelar. Você está gritando!
Eu não tinha falado alto, mas meu corpo havia expressado algo inconscientemente que ela, como uma excelente coach, detectou.
O que posso dizer é: imagina um mulherão, alta, séria, executiva, que vai ao chão soluçando de tanto chorar após constelar seu pai.
Desse dia em diante, eu soube o que deveria fazer. Formei-me após um ano de estudos muito profundos como consteladora familiar e venho facilitando inúmeras constelações que servem de norteador para muitas pessoas em diversos setores, tanto na vida pessoal e profissional, em relacionamentos, doenças, traumas e bloqueios quanto no âmbito organizacional ajudando empresas a escolherem melhor seus projetos, identificando a fonte dos problemas e obtendo uma visão sistêmica da organização.
A constelação familiar vem sendo, cada vez mais, utilizada pelas pessoas como uma terapia breve, mas qual a sua origem?
Algumas pessoas perguntam: é espiritismo? É religião?
Fica aqui comigo que elucidarei essas e muito mais questões. A cada semana, trarei um assunto relacionado à Constelação Familiar para lhe ajudar nesse processo de entendimento e também de libertação. Quando tomamos conhecimento de algo desconhecido, nos tornamos mais livres para opinar sobre o assunto.