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Constelação Familiar: suas leis e para que serve

Tem se falado muito em constelação familiar como uma terapia poderosa que, cada vez mais, vem ganhando notoriedade no Brasil.

Vamos, então, entender para que serve esta terapia e quais os fundamentos norteadores desta terapia?

Uma das principais perguntas feitas nas minhas palestras é: quais os principais usos da constelação familiar?

A constelação familiar pode, dentre muitas formas, ser aplicada para resolver questões de:
  • relações familiares;
  • relações interpessoais nas empresas;
  • direito sistêmico, mediação de conflitos, direito da família;
  • projetos, situações financeiras de pessoas e empresas;
  • relações no ambiente educacional, social e no trabalho;
  • doenças (conhecimento da causa e pacificação emocional);
  • traumas e medos.

O importante é que cada constelação familiar é única, pois o que foi visto por uma pessoa não serve de base para o problema de outra pessoa, mesmo que seja o mesmo problema.

Para entender melhor como funciona a constelação familiar, é importante saber quais as leis, ou seja, o que é olhado na constelação familiar.

Bert Hellinger fundamentou a Constelação Familiar nas Ordens do Amor, que são compostas pelas seguintes leis:
  • lei do pertencimento;
  • lei da hierarquia;
  • lei do equilíbrio.

A lei do pertencimento 

Determina que todo membro do sistema precisa se sentir pertencente ao grupo. Há casos em que o sistema não reconhece um aborto, seja ele espontâneo ou não. Em outras situações, um membro da família é um assassino ou um viciado e é excluído pela família. Essas exclusões familiares terão impacto no sistema familiar, causando desordem e problemas para os membros.

Um exemplo da lei do pertencimento é o caso de uma família que tinha um filho, depois houve um aborto espontâneo com poucos meses de gravidez e, por último, mais um filho. Com o passar do tempo, diziam que tinham dois filhos. A família não reconheceu como filho aquele que foi abortado. Aconteceu que essa pequena desordem familiar reprimiu o terceiro filho, de modo que, aos 30 anos de idade, ele ainda era dependente dos seus pais, em uma vida inerte. Ao fazer essa constelação, o representante do terceiro filho sentiu a necessidade de ficar deitado ao lado do segundo filho. Foi preciso fazer alguns movimentos a fim de dar lugar a esse segundo filho e, com isso, o sistema pôde entrar em ordem. Esse movimento sistêmico reverberou na vida do terceiro filho. Hoje em dia, ele não vive mais na casa dos pais e conseguiu um trabalho.

A lei da hierarquia

É muito simples: quem veio antes tem prioridade, ou seja, os pais têm prioridade sobre os filhos. Os pais são maiores. Os filhos são menores. Os filhos não devem fazer melhor que seus pais, os filhos podem fazer diferente.

Como exemplo, imagine que você é uma criança que vê seu pai doente e, inconscientemente, pensa que gostaria de estar no lugar dele. Às vezes, isso acontece; a criança, por amor, adoece no lugar do seu pai, para ajudá-lo ou para salvá-lo.

Reflita. Provavelmente, você já ouviu alguém falar: “Se eu pudesse, eu tiraria esse mal de você. Ficaria no seu lugar”.

Já em uma organização, pode ocorrer de um diretor entrar na empresa e passar a ser responsável por um time que está lá antes dele e tem suas prioridades. Esse time deve ser honrado, respeitado, independentemente do nível hierárquico da organização. Caso o novo diretor queira ter mais prioridades que os mais antigos, essa empresa entrará em desordem e terá problemas.

A lei do equilíbrio

Como o próprio nome diz, determina que é preciso ter equilíbrio nas relações, seja ela qual for. Um equilíbrio entre o dar e o receber. Para uma pessoa que só dá e não tem nada em troca, chegará um momento que isso fará um grande mal. Para uma pessoa que só suga as outras, chegará a hora que as outras perceberão esse padrão e se afastarão. A troca não precisa ser na mesma moeda. O que eu quero dizer aqui é que não precisa retribuir da mesma forma.

Um exemplo corriqueiro é quando se tem um casal, em que um é o responsável por ir trabalhar todos os dias e ganhar dinheiro para pagar as contas mensais de toda a família e o outro fica em casa para cuidar dos filhos e da casa. Se foi combinado e os dois estão bem com essa situação, existe um equilíbrio.

Resumindo e concluindo, a família precisa estar em ordem, cada um no seu devido lugar, para que a vida possa fluir, não excluindo ninguém, tendo equilíbrio nas relações e respeito a quem veio antes. E aí, como está a sua família de origem? Em ordem?

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sobre a autora

Adoro praticar esportes, e posso dizer que é um vício dos bons. Sendo Maratonista e triatleta, compreendo que Saúde e Bem-Estar estão alinhados com a evolução Pessoal e Profissional e, portanto, refletem diretamente no Desenvolvimento e Crescimento Sustentável Organizacional. Por isso também, desenvolvo Metodologias de Gestão de Pessoal e Fator Humano alinhados com a Gestão do Negócio.

Cris Lana

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